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terça-feira, 19 março 2024

Generosidade, o amor em ação

“Mais bem-aventurado é dar do que receber” (At 20.35).

Antes de falar sobre a generosidade precisamos entender algumas verdades importantes: de onde viemos, quem somos e para onde estamos indo? A Bíblia diz que fomos formados do pó, somos pó e voltaremos ao pó. Nossa origem é pó. Nosso destino é pó. Nosso presente é pó. Em nossa origem não tínhamos nada. Para a sepultura não levaremos nada. Consequentemente, tudo o que ajuntamos entre o pó que fomos e o pó que seremos não é nosso. Nada tivemos e nada teremos. Nada trouxemos e nada levaremos. Somos apenas mordomos daquilo que é de Deus. Se estamos tomando conta daquilo que pertence a Deus, precisamos perguntar: que princípios Deus estabelece para usarmos os recursos dele que estão em nossas mãos?

Em primeiro lugar, Deus requer de nós uma atitude de generosidade com o próximo. A generosidade é uma expressão da graça de Deus em nós e um transbordamento da graça de Deus através de nós. A generosidade de Deus é o exemplo que devemos seguir. Deus amou-nos e deu-nos o seu Filho. Jesus nos amou e a si mesmo se entregou por nós. Nós devemos amar o próximo a dar nossa vida por ele. Deus sempre nos dá mais do que precisamos e isso não é para retermos com usura, mas para repartirmos com generosidade. Temos mais sementes do que conseguimos comer. Portanto, seria falta de amor guardar só para nós as sementes que estão sob nosso poder quando pessoas à nossa volta carecem de socorro. Devemos repartir com generosidade, pois quanto mais semeamos, mais Deus multiplica a nossa sementeira. A palavra de Deus diz que a alma generosa prosperará. Quando damos ao pobre, a Deus emprestamos. Deus socorre os necessidades pelas nossas mãos. Os recursos de Deus estão sob nossa administração e Deus requer de nós fidelidade nessa administração.

Em segundo lugar, Deus requer de nós uma motivação pura no exercício da generosidade. A generosidade cristã é diferente de filantropia. Suprir as necessidades do próximo não é tudo o que Deus requer de nós. Ele se importa, sobretudo, com a nossa motivação. Há muitos que contribuem, de forma farisaica, apenas para serem vistos e aplaudidos pelos homens. Há outros que, por ganância, abrem a mão ao necessitado numa espécie de barganha com Deus. A generosidade precisa ser espontânea, altruísta e frequente. O vetor que move a alma generosidade é a glória de Deus e o amor ao próximo. Deus ama a quem dá com alegria. A contribuição cristã não é um favor que fazemos ao próximo; é uma graça que Deus concede a nós. Antes de dar uma oferta a alguém precisamos dar a nós mesmos a Deus e ao próximo.

Em terceiro lugar, Deus requer de nós constância e proporcionalidade no ato da generosidade. A contribuição precisa ser planejada, regular e proporcional. Não é um ato esporádico, é uma prática constante. Não é um pico de emoção, mas uma ação permanente. Cada um deve contribuir segundo as suas posses. Não dá com generosidade quem não dá proporcionalmente. Não dá com amor, quem só dá esporadicamente. Assim como Deus é constantemente generoso conosco, devemos, também, expressar ao nosso próximo nossa constante generosidade.

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Em quarto lugar, Deus promete aos generosos uma recompensa eterna. A generosidade demonstrada aos homens, traz não apenas alívio ao próximo, mas, também, glória ao nome de Deus. Aquilo que fazemos em nome de Cristo na terra, reverbera no céu. Até um copo de água fria que damos à alguém, em nome de Cristo, não ficará sem galardão. Jesus foi enfático ao dizer que mais feliz é aquele que dá do aquele que recebe. Quanto mais generosos somos, mais nos tornamos parecidos com o Pai Celestial. Quanto mais generosos somos, mais Deus é glorificado em nós e mais nós nos deleitamos nele. Que aprendamos com Deus a sermos generosos! Que nosso coração, nossas mãos, nosso bolso e nossa casa se abram para o exercício da generosidade!


Rev. Hernandes Dias Lopes é Bacharel em Teologia pelo Seminário do Sul, Campinas/SP.


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