23.3 C
Vitória
sexta-feira, 19 abril 2024

Famílias guardadas pelo sangue

Esta é uma época de muitos ataques. Está na hora de despertarmos e de assumirmos uma posição, colocando o sangue de Jesus sobre o nosso lar

Por Marcelo Aguiar

À noite em que Israel saiu do Egito foi assinalada por grandes eventos. Somente com a morte dos primogênitos o coração do Faraó se quebrantaria e os hebreus seriam libertos. Para que o anjo da morte não ceifasse vidas entre os israelitas, o Senhor deu uma ordem: os umbrais das portas deveriam receber o sangue de um cordeiro. Assim, quando o destruidor viesse, passaria por cima daquela casa, e não haveria morte (a palavra hebraica para páscoa é “pesach”, que significa “passar por cima”).Da mesma forma como as casas marcadas pelo sangue foram protegidas no tempo do Velho Testamento, as famílias de nossos dias precisam ser guardadas pelo sangue de Jesus. De acordo com as Escrituras, “Cristo, nossa páscoa, já foi sacrificado” (1 Coríntios 5.7). O sangue do Cordeiro de Deus foi derramado para que nossas vidas fossem salvas. Mas será que nossas famílias estão, realmente, guardadas pelo sangue? 

Esta é uma época de muitos ataques. O mundo e o mal têm entrado em inúmeras casas, semeando discórdia e sofrimento. A infidelidade, os desvios sexuais, as drogas e a separação têm atingido muitas famílias, como uma avalanche trazendo na sua esteira filhos abandonados, casamentos desfeitos, jovens desorientados e pais aflitos. Os lares estão sendo invadidos e abalados. O profeta escreveu: “A morte subiu pelas nossas janelas e entrou em nossos palácios, para exterminar das ruas as crianças, e das praças, os mancebos” (Jeremias 9.21). Tal palavra tem se cumprido em nossos dias!

Numa situação dessas, não podemos nos dar ao luxo de ser descuidados. O que teria acontecido se, na noite da primeira páscoa, algum israelita houvesse se esquecido de cumprir a ordem divina? O que ocorreria se a sua casa não fosse marcada pelo sangue? O resultado seria a morte! Porém, o que vemos em muitos casos são guardiões negligentes, mesmo entre o povo de Deus. Crentes que não dão bom exemplo, pais que não levam os filhos à igreja, mães que não oram por seus descendentes, filhos que se desviam… famílias que não estão guardadas pelo sangue.

- Continua após a publicidade -

Está na hora de despertarmos e de assumirmos uma posição em favor de nossos lares, colocando o sangue de Jesus sobre o nosso lar. Disponha-se a orar por sua família, e convide outros para fazerem o mesmo. Estabeleça a prática do culto doméstico. Convença-se de que fazer parte de uma igreja é fundamental para você e para aqueles que você ama. Conserte o que está errado na sua vida. Certifique-se de não entre em sua casa nada que desagrade a Deus, e não faça fora dela nada que o Senhor desaprove.

Certa mulher viu dois passarinhos fazerem ninho em uma árvore. Percebeu que o galho escolhido estava muito perto do chão, e tentou convencê-los a ir para outro lugar. Porém, por mais que se esforçasse, eles voltavam para o mesmo local. Passados alguns meses, ela escutou que os passarinhos piavam desesperados. Foi ao quintal e descobriu que uma serpente havia subido pelo tronco e devorado os filhotes. Pesarosa, ela disse: “Eu tentei avisá-los. Sabia que estavam construindo a sua casa baixo demais”.

Nossa casa não deve ser construída rente ao chão, e sim com ideais que a elevem ao céu. Não deixe o destruidor entrar em sua casa. Bata-lhe a porta na cara! Ponha-o para fora! Coloque o sangue do Cordeiro sobre a sua casa! Lembre-se de que só Deus salva a família. Sempre há vitória quando nossos lares são guardados pelo sangue.

Pr. Marcelo Aguiar é formado em teologia pelo Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil e em psicologia pela Universidade Federal do Espírito Santo. Leciona psicologia e aconselhamento no Seminário Teológico Batista do Estado do Espírito Santo e exerce o ministério auxiliar na igreja Batista em Mata da Praia.

Este artigo foi publicado originalmente em 16 de Abril de 2014 no portal da Revista Comunhão. As pessoas ouvidas e/ou citadas podem não estar mais nas situações, cargos e instituições que ocupavam na época, assim como suas opiniões e os fatos narrados referem-se às circunstâncias e ao contexto de então.

Mais Artigos

- Publicidade -

Comunhão Digital

Continua após a publicidade

Fique por dentro

RÁDIO COMUNHÃO

Entrevistas