Uma exposição de arte feita por alunos de uma escola pública, em Cambé, no Paraná, acabou gerando polêmica na comunidade. Mostra tem Páginas da Bíblia queimadas e rasgadas. Pais de alunos já registraram queixas.
A exposição tem a supervisão dos professores da Escola. A mostra fazia apologia ao aborto e ao suicídio.
Entre as cenas da exposição, bonecas (simbolizando crianças e bebês) são exibidas enforcadas, ao lado de páginas da Bíblia rasgadas. E manchetes de abusos sexuais cometidos por padres e pastores são coladas sobre uma Bíblia queimada. Em outra parte, uma corda que seria usada para alguém se enforcar é colocada em meio a cartazes que dizem: “Solução para os seus problemas?” e “Solução para os seus defeitos?”.
Incomodados com a exposição, um grupo de pais procurou a delegacia da cidade e registrou um boletim de ocorrência. “Estas cenas agridem qualquer ser humano e que busca a Palavra de Deus e tem esperança nela. […] A criança ali, na sua passagem pela escola, dentro do refeitório, isso é inconveniente. Eu queria perguntar para o nosso prefeito de Cambé, aos nossos governantes, o que está acontecendo dentro das nossas escolas. O que estão ensinando para as nossas crianças?”, desabafou Toni Eferson, pai de um dos alunos da instituição.
O delegado considerou que o evento tinha uma abordagem inadequada. A direção da escola foi intimada a prestar depoimento. Pais e alunos também foram ouvidos. A denúncia foi encaminhada ao Ministério Público. E chegou também à CPI dos Maus Tratos a Crianças e Adolescentes, do Senado Federal.
O presidente da comissão, senador Magno Malta (PR-ES) se pronunciou pelas redes sociais. Afirmou que os diretores da escola serão intimados a depor na CPI: “Criminosos travestidos de professores ensinando às crianças como se suicidar, como fazer aborto. É uma coisa violentíssima contra os nossos filhos”, ressaltou.
Outro lado
O diretor e a professora responsável pela Exposição da Escola foram afastadas dos cargos. A direção da instituição divulgou uma carta para a comunidade.
“Durante as aulas, a professora procurou apresentar a proposta dessa corrente artística, pedindo aos alunos que escolhessem temas que lhes incomodassem em seu cotidiano. A intenção era promover a reflexão filosófica, histórica, sociológica e a mediação didática sobre eles. Os temas escolhidos pelos estudantes foram: a pedofilia, o suicídio e o aborto. Após a seleção dos assuntos, uma turma realizou pesquisas e debates”.