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sexta-feira, 19 abril 2024

21% acham que exame de toque “não é coisa de homem”, diz pesquisa

Câncer de próstata é o 2º tipo mais prevalente na população masculina.

Uma pesquisa realizada pelo Datafolha, a pedido da Sociedade Brasileira de Urologia, o Instituto Oncoguia e a Bayer, revelou que 76% dos torcedores brasileiros identificam o exame de toque retal importante para o diagnóstico de câncer de próstata. Porém, 21% deles acham que o exame “não é coisa de homem”.

Segundo o site de notícias R7 o estudo, que foi feito em estádios de futebol, queria saber a preocupação dos torcedores brasileiros com relação à saúde, na tentativa de identificar os motivos que impedem os brasileiros de se cuidar de forma adequada.

A pesquisa aponta que os eles temem mais o câncer em geral (29%) e as doenças cardiovasculares (20%), mas pouco se atentam ao câncer de próstata (10%).

O câncer de próstata é o segundo tipo de câncer mais prevalente na população masculina, atrás apenas do câncer de pele não-melanoma e que, até o final deste ano, atingirá mais de 60 mil homens, de acordo com o INCA (Instituto Nacional do Câncer).

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MACHISMO

A pesquisa ainda mostra que cerca de 48% dos entrevistados afirmam acreditar que o machismo é o principal motivo pelo qual os homens não fazem o exame de toque.

Já outros 12% apontam a vergonha e o constrangimento como impeditivos, destaca o presidente da Sociedade Brasileira de Urologia, Archimedes Nardozza.

“O brasileiro precisa entender que o exame de toque é um procedimento simples, indolor e rápido, e que acima de tudo é essencial para o diagnóstico de qualquer alteração da próstata”.

PREVENÇÃO

Cuidados primários, como consultas e check-ups periódicos, são medidas responsáveis por prevenir e identificar doenças comuns ao envelhecimento da população masculina.

Os resultados mostram que, embora 62% dos entrevistados afirmem já ter ido ao urologista, 34% não fazem o acompanhamento recomendado pelos médicos, pois se consideram saudáveis.

E um dado que preocupa: entre os entrevistados com mais de 60 anos, cerca de 27% nunca fizeram o exame de toque.

A falta de periodicidade nas visitas ao urologista contribui para uma detecção tardia do câncer de próstata, já que muitas vezes a doença é silenciosa não apresentando sinais ou sintomas, ressalta o médico.

Apesar de reconhecerem a importância do exame, apenas 51% daqueles que se consultaram com o especialista de fato fizeram o exame de toque retal, afirma Luciana Holtz, presidente do Instituto Oncoguia que presta suporte e auxílio aos pacientes com câncer.

“O câncer de próstata é um dos tipos mais prevalentes e, assim como em outros tipos de neoplasias, pode ser combatido mais facilmente quando detectado precocemente. Por isso, fazer a prevenção é essencial”.

PESQUISA

A pesquisa foi realizada nas sete capitais (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Salvador e Recife) com maior incidência da doença segundo o INCA, e entrevistou 1.062 homens acima dos 40 anos.

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