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quinta-feira, 18 abril 2024

O espírito cristão na Copa do Mundo

Para aquelas pessoas que gostam, foram quatro anos de espera e ansiedade para o início da Copa na Rússia

Por outro lado, alguém que não simpatiza com o maior evento de futebol do planeta pode pensar: uma pena ter passado tão rápido o tempo entre a Copa no Brasil e agora. Mas, o que não se pode negar, é que milhões e milhões de pessoas se movimentam, planejam suas vidas, mudam pensamentos e modificam atitudes por conta desse evento.

Nações se unem e a curiosidade pela cultura de uma determinada região aflora. Porém, o que isso tudo tem a ver com um texto e uma revista que deveria falar de Jesus, você pode estar se perguntando. Fico imaginando como seria um mundo que vive de forma permanente numa Copa do Mundo ou numa partida de futebol. Talvez o decorrer de 90 minutos do Brasil em campo mostre o lado mais cristão das pessoas, pois nesse momento existe sorriso, compaixão, paixão e abraços. Você duvida? Então vamos falar sobre algumas coisas que já aconteceram.

Você sabia que o time do Santos, protagonizado pelo Pelé, interrompeu uma guerra? Em 1969 o craque brasileiro parou a guerra da Biafra, na Nigéria. Com a chegada do Peixe, como o time da baixada santista é conhecido, o governador da região, tenente coronel Samuel Ogbemudia, decretou feriado e autorizou a circulação de qualquer pessoa que quisesse ver a partida contra a Seleção do Meio Oeste. O futebol teve a capacidade de parar um confronto.

Em 2018 também tivemos uma imagem no mínimo curiosa na abertura da Copa entre Rússia e Arábia Saudita. No camarote do estádio Olímpico Luzhnikim, em Moscou, estavam perfilados o presidente da FIFA, Gianni Infantino, o presidente da Rússia, Vladmir Putin e o Príncipe da Arábia Saudita, Mohammad Bin Salman. Mesmo com a proximidade dos países pelo petróleo, esse encontro representa dois rivais quanto a estratégia do Oriente Médio.

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Enquanto a Rússia é aliada do regime de Bashar al-Assad na Síria, a Arábia Saudita apoia os rebeldes que tentam derrubá-lo do poder. Os sauditas, inclusive, são politicamente próximos dos Estados Unidos. Mesmo com tudo isso eles sentaram, riram e conversaram.

Um outro ponto que vale ressaltar é que em época de copa a visibilidade e o interesse pela cultura do país sede cresce consideravelmente. Vira rotina as revistas, jornais e programas de televisão falarem sobre as curiosidades históricas, pontos turísticos e outras peculiaridades. Na Rússia, por exemplo, você pode conhecer o Kremilin, Praça Vermelha, visitar o teatro Bolshoi que está aberto ao público desde 1780 ou navegar pelo Rio Moscou enquanto se encanta com prédios históricos.

Em Filipenses 4:8 diz: “Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai. ” Levando tudo isso em consideração, imagina se vivêssemos dessa forma, mas com o princípio de reino?

Imagina se todos passarem a se interessar pela história de Israel, a história do cristianismo no Brasil, sobre o crescimento das igrejas em terra canarinho, sobre Jesus? Consegue pensar num relacionamento em que a compaixão, amor, verdade e amizade fossem levados em consideração assim como em época de Copa?

Bom, para muitos isso é pura utopia, mas quando vejo esse tipo de evento eu volto a acreditar na transformação genuína das pessoas através de Jesus. Volto a crer que todos têm algo de bom, mesmo que muitas vezes escondido. Volto a acreditar que a única coisa que será erguida em punhos firmes será a taça da solidariedade. Aí acredito que um dia desfrutaremos, de fato, a segunda metade do que está escrito em João 10:10 onde diz que teremos abundancia de vida. Acredito em você, em mim no próximo e isso, meu amigo, não tem preço.


Evandro Jales é jornalista, escritor e trabalha apresentando o programa CJC Esporte pela Rede Internacional de Televisão há 8 anos

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