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sexta-feira, 29 março 2024

Escola de pedofilia – o episódio do homem nu

Há muitos anos, um amigo me disse que havia uma “conspiração” para que aberrações, tais como a pedofilia, fossem instituídas na sociedade.

Confesso que, na época, achei tal afirmação muito improvável. Afinal, em qual ambiente isso seria possível? Hoje, entendo que a literatura, a televisão, o cinema, as artes, os videogames e a Internet vêm contribuindo severamente para a criação desse ambiente. Sem que se apercebesse do perigo que lhe sobreviria, a sociedade foi abandonando seus valores morais e bom senso e cedeu lugar aos mais hediondos prazeres carnais. Os absurdos sexuais dos impérios medievais e da antiguidade, período em que o sexo e a violência eram banalizados, passaram a fazer parte do nosso tempo, o Século 21.

Essas reflexões me remetem a um episódio recentemente ocorrido no Brasil, em que um homem nu, em uma exposição de “suposta” arte, foi apresentado no MAM (Museu de Arte Moderna de São Paulo), e os visitantes, inclusive crianças, eram induzidos a tocá-lo. O contexto da exposição é irrelevante, face ao impacto da cena de uma mãe autorizando a sua própria filha a apalpar um homem estranho deitado no chão. Temendo serem tachados de ultrapassados, alguns críticos têm alegado que a tal cena interativa seria uma manifestação artística. Será? Não é bem isso que o grande público tem achado. Mesmo sem “entender de arte”, as pessoas têm rejeitado a tal subversiva obra de arte. E que ninguém despreze essa opinião dos leigos, ora, bolas! A arte é feita para o povo apreciar e julgar, e não para o artista se autoproclamar imperador da razão. As artes podem, sim, ser questionadas, pois nada é mais importante do que a opinião de quem a visualiza. Não tenho dúvidas: um homem nu sendo tocado por uma criança é, no mínimo, um treinamento para a pedofilia institucionalizada. Isso nunca foi e jamais será arte.

Sou artista profissional. Para me educar, visitei exposições de arte de todo tipo, no Brasil, na Europa, na Argentina e nos EUA. Respeito os artistas e as suas ideias, mas não posso me furtar ao dever de dizer que muitas obras são mal feitas, de mau gosto e irresponsáveis. Entendam. Nenhum artista ou curador é obrigado a acertar sempre. Essa exposição do MAM foi um erro, pois é de um visível mau gosto. Afronta. Maltrata a razão, ofende o sentido de arte e desrespeita o público.

Alguns comentaristas têm justificado a exposição, dizendo que nos museus europeus há muitas estátuas de pessoas nuas. Quando visitei esses museus, e até igrejas, é bom que se diga, obviamente que também me questionei o porquê de existirem tantas estátuas de pessoas nuas. Concluí que são apenas retratações de pessoas ao natural, nada demais. Isso não é afronta alguma às crianças, pois qualquer delas, por certo, já viu ou ainda verá os seus pais ou irmãos sem roupa no convívio doméstico. Que me desculpem os que querem ficar em cima do muro, mas uma coisa não tem nada a ver com a outra. Contemplar uma estátua de alguém nu é totalmente diferente de colocar um homem nu, de carne e osso, frente a um público, e induzir uma criança a colocar as mãos nele. Se essa não é a primeira aula para incutir na cabecinha das crianças que o abuso infantil é algo normal, devo ser o pior dos observadores. Só não admite essa verdade quem não quer… ou é adepto da prática.

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Deus me deu dois filhos homens; não sei o que é ter uma filha, mas sou amigo de pais que têm meninas. Todos me dizem que já compraram armas para defendê-las dos garanhões. Sei que é força de expressão. Na verdade, eles não compraram armas no sentido literal da palavra, eles querem apenas enfatizar que não permitirão que alguém abuse de suas filhas. Confesso que gostaria muito de saber quem é o pai ou o responsável da menininha que foi induzida a apalpar o homem nu. Por que ele não apareceu para questionar o curador da exposição ou a irresponsável mãe que expôs a filha a esse absurdo? Será que essa mãe nunca ministrou à sua filha a lição que todas as mães dão aos seus filhos: não falem com estranhos? O que ela espera que sua filha aprenda colocando a mão em um estranho nu? Que tudo é natural? Diga para mim se isso não é um intensivo básico de incentivo à pedofilia!

Aliás, aproveito para fazer um desafio às pessoas que estão apoiando essa aberração: levem vocês também os seus filhos e netos para tocarem o tal homem nu. Bancar o “moderno” com o filho dos outros é fácil. Quero ver com o seu. Quero ver quando a pedofilia entrar nas suas casas e virarem as suas vidas de cabeça para baixo – como fazem as drogas e a bebida. Será que vocês não conseguem ver, por trás dessa balbúrdia toda, os pedófilos de plantão aplaudindo de pé o incentivo recebido às suas práticas abomináveis? Por um lado, as polícias e algumas organizações estão lutando contra a pedofilia, mas, por outro, instituições públicas, empresas de comunicação, bem como líderes formadores de opinião, vêm apoiando veementemente tais práticas. Onde pretendem chegar? À anarquia?

E essa história de colocar classificação indicativa de idade nas exposições é conversa para boi dormir. Classificação indicativa de cinema, brinquedo ou festa nem sempre é respeitada. Se nem mesmo alguns pais respeitam – vejam essa mãe que expôs sua filha a esse vexame mundial –, que dirá as demais pessoas. O que precisa, de fato, deixar de acontecer, são essas tais exposições que, em nome da arte, pretendem destruir os valores morais da sociedade. Se essas pessoas escolheram para si práticas notadamente estranhas, que as façam em espaços privados, com porteiros impedindo a entrada de menores. Museus têm que mostrar arte de verdade e não fazer apologia a aberrações sexuais. E que infelicidade desse artista se submeter à tamanha humilhação: ficar nu em público e fazer parte dessa escola de pedofilia. Que vergonha!

Esse episódio me fez refletir também sobre quem foi abusado sexualmente quando criança. Essas pessoas, por certo, sabem perfeitamente onde, quando e como começaram os abusos. Em muitos casos, tudo começou com um “homem nu” pedindo para ser tocado. Só quem passou pelo vexame do abuso sabe dizer o sofrimento físico, psicológico e emocional causado e o preço que ele custa para a alma. Quero crer que essas pessoas estejam se opondo a essa pseudoarte que aponta para a pedofilia.

Por fim, a grande ironia dessa inconveniente exposição, explicitamente entusiasta da pedofilia, é ela acontecer no início da Primavera no Brasil, o mês das flores. Sempre dizemos que as crianças são as flores mais lindas do nosso jardim. Pois é, ao invés de adubá-las com o bom exemplo do amor, do respeito e da verdadeira arte, parece-me que os artistas e seus pervertidos seguidores estão escolhendo envenená-las. Querem que elas sofram de maus tratos, de depressão, de doenças da alma… que percam o vigor… murchem… e, finalmente, morram. Meu amigo estava certo: existe uma conspiração. Então, autoridades, cadeia para esses conspiradores!

Atilano Muradas é Jornalista


A matéria acima é uma republicação da Revista Comunhão. Fatos, comentários e opiniões contidos no texto se referem à época em que a matéria foi escrita.

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