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quinta-feira, 18 abril 2024

“A minha grande luta hoje é permanecer servo”

Foto: Renato Cabrini

A declaração é do pastor Lucas, ao falar da importância de estar conectado com o criador. Ele ainda deu um recado para os líderes: “As ovelhas não são de uma denominação, mas do Senhor”.

Conhecido como pastor Lucas, o pastor que canta, ele vem alcançando cada vez mais seguidores nas redes sociais pelo grande trabalho na música gospel. Aos 34 anos, cinco deles como músico profissional e autor de mais cerca de 30 composições ele deixa claro: “minha grande luta é permanecer servo”.

Em entrevista exclusiva à Comunhão durante sua passagem pela 28ª edição do Jesus Vida Verão, em Vila Velha (ES), ele falou sobre a importância do jovem estar unido com o Senhor e congregando e o papel dos líderes religiosos diante do Ide e o distanciamento de seus membros.

E frisou: “As ovelhas não são de uma denominação, mas do Senhor. Quero que entendam que o único lugar onde eles podem ser perdoados não é fora da igreja e sim, dentro dela pelo Pai de amor”. Confira!

Nós vemos um crescimento muito exacerbado de violência, falta de respeito ao próximo, muita agressividade nas mídias sociais, inclusive no meio político. Qual a responsabilidade que o senhor sente enquanto Ministério de trazer louvor e reflexão para as pessoas diante de um cenário tão conturbado?

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A palavra do Senhor dá um modelo pra gente. Ela tem um norte para a gente caminhar. O amor é o fonte de tudo. O que nós não podemos confundir é que o amor tem os seus viéis, onde você abraça, acolhe e protege, mas também é aquele que corrige, que orienta e muitas vezes falam até verdade mas o tom não é de amor. Era isso que Jesus se diferenciava de tudo naquele período da religião por que ele falava verdades duras, mas a maneira como ele falava era de uma forma tão amorosa e acessível que as pessoas percebiam que podiam se encaixar naquela verdade. Se eu hoje como voz, como cantor, como influência para um grupo de pessoas, eu penso que eu preciso ter esse cuidado na hora de transferir essa informação, de mostrar que o reino de Deus não é um reino de um juiz, mas de paz, de amor, aquele que guarda, que corrige, que protege e que dá destino

Como o senhor avalia essa disputa de denominações que as vezes distancia na questão de ser a igreja de Cristo e até mesmo competem entre si, buscando crentes de um lugar para o outro ao invés de ampliar o Ide?

Essa questão é terrível. Há muitos efeitos colaterais, Hoje, por exemplo temos um movimento gigantesco de desigrejados, pois são pessoas queridas pela igreja, pelas disputas de poderio, pessoas com talento e que de repente estão num lugar e são vistas como concorrência e não como agregado ao reino para potencializar. Há um efeito colateral terrível de você começar a construir outras estruturas. Temos historicamente com a própria reforma que aconteceu assim. São períodos de estremas religião que se levanta outros estremos. Que Deus só nos dê graça para que a gente não permita e que não abra uma lacuna muito grande para aquela ação luciferiana de rebelião, que muitas vezes é confundida. Eu oro para que as igrejas entendam que o reino é do Senhor e não delas, que as ovelhas tem um pastor e vários responsáveis aqui na terra. As ovelhas não são de uma denominação, mas do Senhor e uma vez que elas vão transitar no mesmo pasto só tenho que abrir a porteira para ela ir para o lado de lá, não vejo como amaldiçoá-la ou como interferir nisso. Então eu oro para que Deus trabalhe no coração dessas lideranças para que eles entendam que não tem poder sobre ovelhas mas que elas são do Senhor.

O senhor pode contar uma experiência muito profunda que teve com Deus?

Eu tive várias, o próprio fato de estar me apresentando no JVV é muito profunda porque eu não sou um garoto que vinha de uma tentativa de gravar, de carreira musical. Eu estava servindo na minha igreja local despretensiosamente, amando o reino quando Deus me encontra e me coloca em lugares que na minha pré adolescência eu até sonhei. E quando estava na minha adolescência eu imaginava ‘luzes e palco’ ai eu conheci um pastor com 15 anos que me ensinou sobre ‘servir o reino’ e nessa de servir hoje eu tenho essa experiência  de poder estar em lugares onde grandes homens e mulheres passaram. Mas a minha grande luta hoje é permanecer servo. No meio dessa trajetória eu tenho experiências com testemunhos, com pessoas e jovens que me enviam mensagens, querendo se suicidar e que minha música chegou. Aí nessa hora é que eu percebo o quanto é serio aquilo que eu estou fazendo e o quanto eu preciso me vigiar, me cuidar e me proteger para que eu continue sendo essa voz de Deus.

Qual a mensagem que o senhor deixaria para os jovens diante de tantas tentações no mundo?

A mesma que João: ‘Filhinhos, é bom que não pequeis, mas se pecares tens um advogado no céu’. O advogado faz um papel diferente de um juiz, que sentencia, e dá um destino final: ‘ou você vai ser preso ou absolvido’. Já o advogado luta pela absolução, pela justificação e baseado no sangue de Cristo, nós temos um advogado que pode nos justificar.  Eu sei que juventude é uma fase difícil e que muitos jovens vão bater cabeça e errar muitas vezes, mas quero que entendam que o único lugar onde eles podem ser perdoados não é fora da igreja e sim, dentro dela pelo Pai de amor. Então, permaneçam firmes debaixo do Pai mesmo em tempo de erros e fragilidades, pois uma hora podem encontrar um momento certo.


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