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quinta-feira, 28 março 2024

Eleições na Venezuela são adiadas para maio

Presidente Nicólas Maduro tenta reeleição. Foto: Reprodução

O anúncio foi feito nesta quinta-feira (1) pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE). Pleito estava previsto inicialmente para 22 de abril. Agora será dia 20 de maio.

A intenção é legitimar um questionado processo no qual o presidente, Nicolás Maduro, tentará a reeleição. O CNE, acusado pela oposição de servir a Maduro, anunciou nesta quinta-feira (1) um acordo sobre garantias eleitorais entre o governo e o opositor Henri Falcón, dissidente do governo.

“Com este acordo ratifica-se que na Venezuela escolhemos nossos líderes e representantes com as mais amplas garantias constitucionais e democráticas”, disse a presidente do CNE, Tibisay Lucena, no ato em que representantes de Maduro e Falcón assinaram o acordo.

Falcón é um militar reformado de 56 anos. Ele se inscreveu como candidato na terça-feira (27). E com isso contrariou a decisão da coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD), da qual faz parte, de boicotar as eleições.

Oposição

Pouco antes do anúncio, a coalizão opositora, que sofre o pior racha desde a sua criação, em 2008, pediu a Falcón para retirar sua candidatura, ao acusá-lo de fazer o “jogo” de Maduro em sua “aspiração totalitária”.

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Apoiando a MUD, governos de América Latina, União Europeia e Estados Unidos rechaçaram as eleições de abril. Eles exigiam seu adiamento e garantias para reconhecê-las. “Querem dar uma aparência de legitimidade a esta votação, especialmente ante a comunidade internacional”, declarou à AFP a cientista política Francine Jácome.

Eleições

Falcón havia revelado anteriormente negociações privadas entre o governo e alguns opositores sobre a data e as condições das eleições. Até agora a MUD não reagiu ao acordo desta quinta-feira.

“Estão avalizando uma eleição feita sob medida para Maduro. Continuam sendo eleições sem a oposição competitiva, isso não muda. É uma montagem para que pareçam eleições democráticas”, assegurou à AFP o cientista político Luis Salamanca.

As presidenciais serão realizadas simultaneamente com as votações de conselhos legislativos locais. “É como se as eleições fossem portáteis, coloco-as onde eu quero, quando e como eu quero, segundo convém ao governo”, acrescentou Salamanca.


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