Decisão é do Tribunal de justiça do Estado da Bahia. Foi por unanimidade. Presidente e Vice presidentes da Assembleia de Deus de Salvador foram destituídos dos cargos.
A decisão foi publicada no site do TJ-BA essa semana (09). Trata-se da destituição dos pastores Israel Alves Ferreira e José Pereira Lima dos cargos de presidente e vice presidente da Assembleia de Deus de Salvador (ADESAL).
A ação que resultou na destituição dos cargos dos dois pastores foi motivada pela Convenção Estadual das Assembleias de Deus na Bahia (CEADEB). Órgão é presidido pelo pastor Valdomiro Pereira da Silva.
Processo já dura sete anos. E se refere ao desligamento do Pastor Israel Ferreira, que deixou a Convenção da Bahia para criar uma nova no mesmo estado.
Pastor Israel solicitou seu desligamento em junho de 2010 quando era presidente. Em seguida criou a nova convenção. Depois, já na condição de ex-filiado, convocou assembleia extraordinária para deliberar o desligamento da Igreja junto a Convenção. Mas o estatuto da Igreja diz que para presidir a instituição o pastor presidente precisa estar filiado a Convenção.
“A Igreja será administrada por uma Diretoria composta de 07 membros que ficará assim constituída: Presidente, que é o pastor Igreja, indicado pela CEADEB e apreciado pelo ministério local. A CEADEB indicará um dos seus ministros à presidência da ADESAL, cuja indicação será apreciada pelo Conselho Ministerial,” diz o trecho do estatuto da Assembleia de Deus nos artigos 6º e 54.
Com base nisso, a Justiça entendeu que o pastores Israel Alves Ferreira (presidente) e José Pereira Lima (Vice), quando deliberam a saída da Convenção, não preenchiam mais os requisitos para ocuparem seus cargos na Igreja. Por isso, a destituição deles. A posse do novo presidente deve ocorrer nos próximos dias.
Outro lado
A Convenção das Assembleias de Deus na Bahia (CEADB) ainda não se pronunciou publicamente sobre o caso. Nem o pastor José Pereira Lima, que também teve o cargo destituído pela justiça.
Mas o pastor Israel Ferreira usou sua página no facebook para se defender. Publicou um documento informando que vai entrar com recurso contra a decisão da justiça. “Não há nenhum direito a qualquer convenção interferir no seio institucional, a não ser a CGADB”, declarou.
O pastor afirmou que segundo o estatuto interno da Assembleia de Deus de Salvador, ele ainda continua sendo pastor da igreja. Se defendeu dizendo que a diretoria jurídica da igreja a qual faz parte está destruindo a unidade da instituição. “O corpo jurídico da Adesal e sua diretoria estão a lançar mão de medidas para afastar quaisquer possibilidades de sucesso nos ataques por parte da Convenção contra a unidade e o patrimônio de nossa igreja”, concluiu.