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sexta-feira, 19 abril 2024

Deltan afirma que busca justiça à frente da Lava Jato

Foto: Reprodução

O procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador das investigações da Operação Lava Jato participou da 96ª Assembleia da Convenção Batista Brasileira (CBB) 2016 contou que por seu perfil cristão, o único objetivo é estar lá para buscar justiça.

O evento, que aconteceu no último fim de semana, teve o procurador como um dos palestrantes. Em sua fala ele ainda afirmou que seu trabalho na operação como membro do Ministério Público é técnico, imparcial e apartidário. “Política é a leitura que alguns investigados tentam fazer do nosso trabalho, como estratégia de defesa”, esclareceu.

Através da força-tarefa da Operação Lava Jato, que investiga crimes de corrupção na Petrobras, o Ministério Público Federal (MPF) já ofereceu acusações criminais contra cerca de 180 pessoas por crimes como corrupção, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa — acusações embasadas em amplas provas.

Durante sua CBB 2016 Dallagnol também afirmou que este foi um caso que estarreceu até mesmo sua equipe, diante dos altos números desviados.

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“Apenas em propina paga, no caso da Petrobras, foram 6,2 bilhões em reais. Isso é apenas a ponta do iceberg. Uma estimativa da ONU aponta que no Brasil, são desviados anualmente cerca de 200 bilhões de reais. Isso é três vezes o orçamento federal em educação, três vezes o orçamento federal em saúde e cinco vezes do que se gasta no Brasil anualmente com segurança pública”, disse ele durante palestra.

“O meu único objetivo de estar no Ministério Público desde que eu ingressei, em razão do meu perfil cristão, é estar lá para buscar fazer justiça, buscar amar o próximo distribuindo a justiça e dando o meu melhor para que a justiça seja feita no nosso País”, disse Dallagnol.

Por outro lado, o procurador apontou que fazer justiça é algo difícil no Brasil. “Nós somos o paraíso da impunidade para os réus de colarinho branco. O índice de punição da corrupção, segundo estudo publicado pela Fundação Getúlio Vargas, é de 3%. Ou seja, de 100 casos de corrupção, apenas 3 chegam a punição criminal. Se você está achando que desses 3% as pessoas vão presas, você está enganado — elas vão apenas prestar serviços a entidades sociais ou pagar cestas básicas”, afirmou Dallagnol.

Dallagnol apresenta tipos de perspectivas para o combate à corrupção, até mesmo àquela que envolve as pequenas infrações cometidas pelos cidadãos no dia a dia: a espiritual e a macro.

Evangélico, ele acredita que trabalhar a moral e a espiritualidade de uma pessoa pode contribuir para a transformação de seu caráter. “Nós temos um cenário onde a pessoa levanta cartazes contra a corrupção, mas quando ela vai ser multada ela é a primeira a oferecer propina para o guarda. É uma perspectiva válida porque o problema de corrupção é individual”, afirma.

Com informações do Guiame

 

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