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sexta-feira, 29 março 2024

Cristã paquistanesa condenada à morte

A paquistanesa Asia Bibi foi condenada à morte em 2010 sob acusações de blasfêmia contra o islamismo. Seu último apelo para absolvição será ouvido em outubro.

O Centro Americano para Lei e Justiça (ACLJ) e outros grupos estão pedindo que os cristãos de todo o mundo levantem apoiem Asia Bibi, uma cristã de 51 anos, mãe de cinco filhos, cujo apelo para ser absolvida da pena de morte será ouvido pela Suprema Corte do Paquistão em outubro.

Cristã paquistanesa condenada à morte

Bibi foi condenada à morte em 2010 sob acusações de blasfêmia contra o islamismo, depois que duas colegas de trabalho a acusaram de insultar o profeta muçulmano, Maomé. No início desta semana, o Supremo Tribunal do Paquistão definiu uma data em outubro para a audição do apelo final para determinar se ela será executada ou não.
O ACLJ está pedindo aos cristãos que assinem uma petição, que já tem mais de 417 mil assinaturas, descrevendo o caso de Bibi como um “ultimato de violação dos direitos humanos” e apela para sua libertação.

Cristã paquistanesa condenada à morte

O grupo conhecido por apoiar cristãos perseguidos em todo o mundo disse que a filial do Centro Europeu de Direito de Justiça no Paquistão conseguiu contato com o advogado de Asia Bibi, que confirmou a data de outubro para a audiência.
“Normalmente, leva cerca de três a cinco anos para um caso de chegar a uma audiência perante o Supremo Tribunal. Mas como o pedido de audiência inicial foi concedido, o caso será encaminhado ao secretário do tribunal para definir a data”, explicou o ACLJ.
A audiência será crucial, uma vez que irá decidir se Bibi será condenada à morte, o que seria a primeira execução legal no Paquistão por um caso de blasfêmia.

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Entenda o caso

Asia Bibi foi presa em junho de 2009, enquanto colhia frutas com um grupo de mulheres muçulmanas na cidade de Sheikhupura, na província de Punjab, fronteira entre Paquistão e Índia. As mulheres teriam ficado chateadas porque ela bebeu da mesma bacia de água que elas usavam. Na sequência de uma discussão, as mulheres muçulmanas foram para a polícia e acusaram Bibi de dizer algo como: “Meu Cristo morreu por mim, o que Maomé fez por vocês?”.
Ela foi condenada à morte em 2010 por um tribunal local de Punjab e teve seu apelo à Suprema Corte adiado e remarcado sete vezes. O primeiro apelo foi ouvido no dia 16 de outubro de 2014 na Alta Corte de Lahore, mas Anwar-ul-Haq, um dos dois juízes confirmou a sentença de morte.
A Suprema Corte do Paquistão aceitou a petição para revisar o caso em 22 de julho de 2015 e sua sentença de morte foi suspensa. Na época, o advogado dela, Malook, disse estar “otimista” sobre a possibilidade do tribunal absolver Bibi. “O padrão de evidência que é necessário para provar que este delito, não está disponível neste caso”, disse ele.
Se o apelo de Bibi for anulado, sua única chance de evitar a execução será por meio do perdão presidencial.
Nos últimos seis anos, o caso colocou um holofote sobre as leis controversas de blasfêmia do Paquistão e levou vários grupos de vigilância de perseguição, como o próprio ACLJ, a Missão Internacional Portas Abertas e outros, a pedir sua liberdade.

 

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