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quinta-feira, 28 março 2024

Contribuição: onde está o limite?

Vivemos uma geração onde há, pelo menos, três polos totalmente distintos no que tange à contribuição nas igrejas. O primeiro grupo é composto por aqueles que são bem racionais quanto a investir no Reino. São aqueles que estão sempre com a calculadora nas mãos, fazendo suas contas, freando de todas as formas para não sair do “limite” proposto quanto as suas contribuições. São calculistas! A música preferida deles, quando envolve o “enfiar a mão no bolso” ou abrir a carteira, é “daqui não saio, daqui ninguém tira mais nada”.

Há o segundo pelotão, comandado pelo espírito do “gesso”. Os que compõem essa fileira estão sempre travados para dar. Uma hora é a crise; outra hora é algo que excedeu nas contas de casa; outra hora, não sobrou; outra hora, “esqueci de pegar o cheque”; outra hora, “meu cartão ainda não chegou” ou “perdi” ou “foi bloqueado”; outra hora, “esqueci a carteira”; outra hora…”

O terceiro time é formado por aqueles que, embora sendo uma pequena minoria, têm um coração do tamanho do “universo”. Na linguagem paulina, são aqueles que trazem a marca do sublime e maravilhoso dom de “dar” (Rm.12.8). A pergunta que não quer calar diante desse “trio parada dura” é a seguinte: Quem está certo? Qual o grupo preferido pelo Eterno? Será que há um exagero na vida dos que calculam suas contribuições ou daqueles que não deixam nada sair dos recursos que estão colocados em suas mãos? Ou será que há gente exagerando com doações para tentar impressionar Deus? Há ou não limites para dar ao Eterno?

O médico e historiador Lucas dá-nos uma dica sobre algumas mulheres que, audaciosamente, resolveram agradar o Salvador quando ele ainda estava ainda no túmulo (Lc. 24). Os evangelistas são unânimes em afirmar que, ainda de madrugada, já bem tarde da noite, algumas servas do amor resolveram sair de casa, com aromas que haviam preparados para oferecer ao Senhor. Há nisso todo um processo. Jesus havia morrido, foi sepultado, o túmulo lacrado e vigiado 24 horas pelos soldados romanos. O desejo de continuar agradando o Mestre amado perpetuava no coração daquelas discípulas, que tomam das suas posses uma fatia especial, compram aromas que eram valiosos, fazem todos os preparativos para depois tomar uma decisão ousada: acordam de madrugada – nem sei se dormiram naquele dia… – e partem em direção ao cemitério com o único propósito de adorar o Rei com seus belos presentes.

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Certa feita, em 2004, por ocasião da tragédia na Ásia, o piloto de Fórmula I Michael Schumacher foi entrevistado sobre sua doação de contribuição para a Ásia. A perguna era: “por que a sua doação foi tão grande, a maior de todas enviadas?”. Para surpresa de muitos, ele respondeu: “minha oferta foi ‘grande’ porque a tragédia foi grande!”. Pergunto: há limites para investir no Reino quando milhares estão morrendo sem Deus, por não terem o privilégio de ouvir o nome de Jesus? Faça como as mulheres de Lucas 24: doe, antes que o diabo arranque tudo, mas doe com amor e alegria.

Pense nisso!

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