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quarta-feira, 24 abril 2024

Cidade do Sul do Brasil tem quase 86% da população evangélica

Igreja Evangélica em Arrio do Padre, no Rio Grande do Sul

A cidade mais evangélica do Brasil é formada por protestantes tradicionais. É Arroio do Padre, no Rio Grande do Sul. Município tem o maior número de cristãos do país.

Localizada há 200 km de Porto Alegre, a cidade gaúcha tem 2.900 habitantes. Segundo o Censo de 2010, pelo menos 85,8% da população é evangélica. Em paralelo a 7,7% de católicos, 4,7% sem religião e menos de 1% de espíritas e de testemunhas de Jeová.

Por terem evangélicos tradicionais, os moradores de Arrio do Padre não são adeptos do crescente neopentecostalismo brasileiro. Descendentes de imigrantes alemães, a população de Arroio do Padre professa a fé luterana, derivada da Reforma Protestante, que foi desencadeada pelo ex-monge católico Martinho Lutero.

Segundo o pastor Michael Kuff, de 32 anos, que há seis meses comanda uma Igreja Luterana vizinha à sua casa, um erro de muitas igrejas é usar a fé como “moeda de troca”, como se Deus fosse “obrigado a me abençoar”. “Hoje é um problema falar no banco que você é pastor. O gerente acha que você é ladrão”, disse ele à Folha de São Paulo.

Cidade do Sul do Brasil tem quase 86% da população evangélica
Culto de posse do casal de pastores Maiquel Kurff e Jaqueline Kuff na Catedral Evangélica de Arroio do Padre, no início do ano

Por outro lado, o pastor luterano Aroldo Agner, de 46 anos, vê um ponto comum entre os diferentes segmentos evangélicos — o conceito de família descrito pela Bíblia. “Se há [gay na cidade], não tenho conhecimento. Talvez em Pelotas tenha”, disse ele sobre o município vizinho do qual Arroio do Padre se emancipou em 1996.

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Os princípios religiosos dos moradores da cidade se refletem até mesmo nas escolhas políticas. Na eleição de 2006, Arroio deu a Lula sua menor votação proporcional no país (11,5% contra 81,5% do tucano Geraldo Alckmin).

“Esta situação com a esquerda se complicou bastante. Em função da religiosidade aqui, complica o apoio a essa ala”, justifica o secretário de administração local, Loutar Prieb. “A ideia esquerdista não é muito bem-aceita pelos que são de origem alemã”, explica o pastor Agner.

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