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quarta-feira, 27 março 2024

Chamado integral: Da compaixão à grande comissão

FAVELA
Foto: unsplash

“Diante deste cenário, é possível compreender e reforçar a importância da integralidade da missão para o mundo em pós-pandemia”

Por Marlon Max

O crescimento da fome e do desemprego são dois problemas que se intensificaram com a crise causada pela pandemia. Diante de números cada vez mais pessimistas, o que os cristãos podem fazer além de orar e compartilhar a esperança que há em Cristo Jesus?

Nas palavras do grande missiólogo Leslie Newbigin, que diz: “Nosso papel não é sermos otimistas ou pessimistas diante do cenário em que estaremos inseridos. Nosso papel é compreendermos como se dará a nossa missão neste novo cenário”.

Na realidade, a ação da Igreja na pós-pandemia tem sido tema de muitas discussões e reflexões entre pastores, teólogos e missiólogos. Isso demonstra que a liderança está preocupada em cumprir sua missão. Mesmo assim há algumas contribuições de autores que podem ser relevantes para o momento atual, destaca Phelipe Reis, jornalista e colaborador da entidade Servindo aos Pastores e Líderes (Sepal).

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O missiólogo sueco, Mats Tunehag, destaca que ao longo da história a Igreja teve um forte e bonito testemunho de serviço às pessoas em meio a grandes pragas e catástrofes. Tunehag cita um trecho da obra “Vivendo em tempos de Peste”, de Phillip Yancy, que diz:

“Uma das razões pelas quais a igreja superou a hostilidade e cresceu tão rapidamente dentro do império romano, remonta à forma como os cristãos responderam às pandemias da época, que provavelmente incluíram a peste bubônica e varíola.  Quando as infecções se espalharam, os romanos fugiram de suas cidades e vilarejos; E os cristãos ficaram para trás para amamentar e alimentar não apenas seus parentes, mas seus vizinhos pagãos.”, explica.

A Grande Compaixão e a Grande Comissão

Chamado integral: Da compaixão à grande comissão
Foto: Arquivo/Instituto Livres

Rubens Múzio, teólogo e missionário da Sepal, enfatiza a ação da Igreja no mesmo sentido colocado por Alderi. Para Múzio, é central em nosso contexto a missão diaconal da igreja, ou seja, ações de assistência social transformadora e a defesa dos direitos humanos.

Múzio argumenta, que, em seu ministério, Jesus se preocupa com a pessoa como um todo, olhando para as necessidades físicas, pessoais, materiais, individuais e subjetivas. Nesta perspectiva, para cumprir sua missão a Igreja precisa olhar a cidade como um campo de atuação e viver o evangelho de serviço. Para isso, é necessário um olhar mais amplo, sócio demográfico e cultural, no sentido de reconhecer algumas tendências no campo brasileiro.

Ainda refletindo sobre o ministério de Jesus, Rubens Múzio recorre a Mateus 9, onde narra Jesus, vendo as multidões, se compadeceu dela. Múzio fala:

“Jesus observa as emoções das pessoas, lê os seus pensamentos, compreende as suas intenções, enxerga para dentro da alma do povo, e ele sente muito mais do que uma mera piedade ou dó, ele tem compaixão – é um sentimento de profundo amor. Portanto, é esta compaixão, que leva ao serviço, que deve aflorar na comunidade cristã, em meio à sociedade pós-pandemia.”, destaca.

Diante deste cenário, é possível compreender e reforçar a importância da integralidade da missão para o mundo em pós-pandemia, ou seja, uma missão que abrange todas as áreas da vida humana, explica o colaborador da Sepal Phelipe Reis.

Para os nossos dias, de forma especial, a área social é a que promover reconciliação garantida pela obra de Jesus na cruz é plena, abundante, para o homem todo e para todos os homens.

Como coloca o pastor Jonathan Ferreira dos Santos, em outras palavras: “Boas obras precisam ser feitas sem segundas intenções. É o bem que se faz ao crente e ao não crente, pelo simples fato de que assim se comunica o amor de Deus às pessoas. Mas o resultado natural é que as boas obras abrem portas para a evangelização: aquele que recebe o bem abre o coração para ouvir as verdades do evangelho.”

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