O filme continua superando expectativas e já atraiu mais de 3 milhões no Brasil.
Com direção do britânico Stuart Hazeldine, o longa-metragem atingiu esta marca em poucas semanas nas telonas do país.
A produção aborda a viagem espiritual de Mackenzie (Mack), homem atormentado por questões do passado que não consegue encontrar felicidade mesmo tendo construído uma família feliz, formada por uma mulher bastante religiosa e espiritualizada e três filhos que vivem numa bela casa num subúrbio norte-americano. O filme se encaixa numa teodiceia narrativa – quando a busca porm questões universais se torna, em si mesma, o caminho a Deus, a bondade suprema.
O enredo central traz o encontro de Mack com Deus, apresentado na forma trina (Pai, Filho e Espírito Santo). Religar-se ao divino é o princípio das religiões, o que costuma ser feito pelos fiéis por meio de orações, meditações ou imersão em rituais. No entanto, a história propõe um encontro presencial, em que Mack se coloca cara a cara com Deus. Talvez esse seja um dos segredos de o best-seller ter feito tanto sucesso: 3,5 milhões de exemplares vendidos no Brasil e 18 milhões em todo o mundo.
O diretor utiliza de flashbacks para mostrar tanto o passado de Mack como para apresentar o encontro com Deus. Carinhosamente chamado de Papa por Nan Phillips (a mulher de Mack), Deus-pai ganha vida no corpo de uma mulher negra, interpretada por Octavia Spencer, e, em alguns momentos, por um homem de traços indígenas (Graham Greene). Deus-filho é interpretado pelo ator israelense Avraham Aviv Alush, e Sarayu, o Espírito Santo, é vivido pela atriz japonesa Sumire Matsubara. Como o livro, o filme se assenta na compreensão de Deus e seus mistérios a partir dos dogmas cristãos.