Por motivos de segurança, os moradores da região foram retirados de suas casas
Uma barragem da Vale, que seria aparentemente de rejeitos, rompeu nesta sexta-feira (25), na região de Mário Campos e Córrego do Feijão, no município de Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Apesar de sua pequena população (cerca de 39 mil habitantes), Brumadinho é importante para a região metropolitana de Belo Horizonte devido a seus grandes mananciais de água. Um quarto da água que abastece a região metropolitana vem dos mananciais da cidade e dos municípios vizinhos, por meio dos sistemas Rio Manso e Catarina.
No whatsApp da redação, ES Brasil recebeu a imagem (ao lado) de uma das telas que, supostamente, seria de controle da empresa.
Por meio de comunicado nas mídias sociais, a Prefeitura de Brumadinho solicitou aos moradores que mantenham a distância do leito do Rio Paraopeba. Localizado no município, o Instituto Inhotim, um dos mais importantes acervos de arte contemporânea do Brasil e considerado o maior centro de arte ao ar livre da América Latina, informou que, por precaução, retirou funcionários e visitantes do local.
Por nota, a Vale informou os rejeitos atingiram a área administrativa da companhia e parte da comunidade da Vila Ferteco. “Ainda não há confirmação se há feridos no local. A Vale acionou o Corpo de Bombeiros e ativou o seu Plano de Atendimento a Emergências para Barragens. A prioridade total da Vale, neste momento, é preservar e proteger a vida de empregados e de integrantes da comunidade. A companhia vai continuar fornecendo informações assim que confirmadas.”, aponta o documento.
Tragédia 2015
Em 05 de novembro de 2015, uma barragem de rejeitos de mineração controlada pela Samarco Mineração S.A., localizada no subdistrito de Bento Rodrigues, a 35 km do centro do município brasileiro de Mariana (MG) se rompeu.
Esse rompimento é considerado o desastre industrial que causou o maior impacto ambiental do Brasil e o maior do mundo envolvendo barragens de rejeitos, com um volume total despejado na natureza de 62 milhões de metros cúbicos.
A lama chegou ao rio Doce, cuja bacia hidrográfica abrange 230 municípios de Minas Gerais e do Espírito Santo. Em terras capixabas, foram atingidas as cidades de Baixo Guandu, Colatina e Linhares, aonde o rio deságua no mar. Somente nos dois primeiros meses após o rompimento, haviam 11 toneladas de peixes mortos.