O reverendo Augustus Nicodemus, da Igreja Presbiteriana, autor de diversos livros de sucesso e amante de cinema, manifestou sua opinião através de suas redes sociais sobre o filme “Batman vs Superman: A Origem da Justiça”, que estreou nos cinemas no dia 24 de março e tem provocado a corrida dos jovens para assistir.
O longa é baseado nas histórias em quadrinhos da DC Comics, com os dois maiores super-heróis, que são ícones desse meio há muitas décadas, em um embate sem precedentes no cinema. O pastor Augustus comentou sobre algumas questões filosóficas e religiosas que o filme apresenta.
Na história, o “Homem de Aço” (2013), a briga entre Superman e o vilão Zod deixou a cidade de Metropolis destruída e matou milhares de pessoas. Agora, o herói está sofrendo duras críticas de uma parcela da sociedade sobre a real necessidade de seus atos, enquanto outra parcela o idolatra e o vê como um protetor. Batman, o vigilante de Gotham, vê o Superman como uma ameaça que possui o potencial de destruir todo o mundo, e motivado pela desconfiança e pela vingança pelo o que foi perdido na destruição de Metropolis, o Homem Morcego decide combater o Kriptoniano.
O filme apresenta também o empresário excêntrico Lex Luthor, que com um plano elaborado tenta manipular os dois heróis, a fim de promover o caos e conseguir acabar com o ícone de esperança do Superman. Com direção de Zack Snyder, o filme conta com Ben Affleck como Batman/Bruce Wayne e Henry Cavill como Superman/Clark Kent, além de mostrar uma prévia do que poderemos ver no filme da Mulher Maravilha, com Gal Gadot interpretando a heroína.
Confira a crítica do pastor Nicodemus:
“BATMAN VS SUPERMAN [Não contém spoiler]
Aproveitando que tinha o dia livre, aqui em Portugal, fui assistir Batman vs Superman. Esses dois super-heróis já estavam por aí desde a minha adolescência. Em resumo: faz tempo que não assisto um filme de ficção e aventura tão carregado de questões filosóficas, religiosas e existenciais:
1) A existência de Deus;
2) O velho dilema proposto pelos ateus entre a onipotência de Deus e a sua bondade;
3) Quem define o que é o bem? Aquele que tem o poder ou a comunidade?
4) A existência do mal no mundo e a corrupção de todos os seres humanos por ele;
5) Os deuses das antigas religiões eram aliens;
6) Existe uma necessidade da humanidade de fabricar salvadores e messias, e considerá-los deuses;
7) A morte de Deus;
8) O anseio pela ressurreição; e outros.
Embora tente passar alguma esperança na humanidade, o filme é niilista, existencialista e pessimista. Mas, o que esperar da cosmovisão materialista e ateísta que permeia Hollywood? E pra não dizer que não falei de flores, as cenas de ação e os efeitos computadorizados são bonzinhos…”