O tunisiano que dirigiu seu caminhão contra uma multidão na quinta-feira (14/7) à noite, matando ao menos 84 pessoas, na Riviera Francesa, é “sem dúvida um terrorista ligado ao islamismo radical”, declarou nesta sexta (15/7) o primeiro-ministro francês, Manuel Valls.
“É sem dúvida um terrorista ligado ao islamismo radical de uma maneira, ou de outra (…) Sim, foi um ato terrorista, e nós vamos buscar cúmplices”, declarou Valls no canal de televisão France 2.
Mohamed Lahouaiej-Bouhlel dirigiu um caminhão contra uma multidão que estava reunida na quinta à noite na cidade costeira de Nice para comemorar o feriado nacional de 14 de julho, da Queda da Bastilha. A tragédia provocou mais uma vez o terror em uma França já marcada por dois atentados extremistas em 2015.
Na mesma entrevista, Valls disse que a coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos vai reforçar seus recursos militares contra o grupo Estado Islâmico (EI) na reunião de ministros da Defesa dos países envolvidos, que acontece em 20 de julho, em Washington.
“Vamos reforçar os recursos da coalizão” nessa reunião “muito importante”, que contará com a presença do ministro francês da Defesa, Jean-Yves Le Drian, declarou Valls, negando qualquer falha das forças de segurança francesas.
Segundo o premiê, o dispositivo de segurança para a festa do 14 de Julho foi “o mesmo” que aquele mobilizado para o carnaval de Nice e para a Eurocopa 2016, disputada – em parte – nessa cidade da Riviera Francesa.
Ataque em Nice: não há confirmação de que tenha sido o Estado Islâmico
Terroristas do Estado Islâmico ameaçam atacar o Brasil nas Olimpíadas
Terror: Ataques na França podem ser o estopim para um novo conflito mundial?
