“Mãe, preciso trocar de lugar na minha classe. Não estou vendo muito bem as letras no quadro”, foi o que meu filho disse para mim após voltar da aula. Depois fiquei sabendo que a professora o separou do amigo porque conversavam muito, deixando-o mais afastado do quadro e próximo à mesa dela.
Quem tem filhos menores de 7 anos vai se identificar com o tema: a mentira. A velha frase “Meu filho não mente” muitas vezes pode ser uma armadilha para os pais. A fantasia, a criatividade e a imaginação, em graus diferentes para cada criança, fazem parte dessa fase que, muitas vezes são confundidas com mentira, causando mal-estar para ambos.
O fato é que a mentira tem um conceito gradual para os pequenos e, a partir da adolescência, passa a ser perigosa, podendo ser tratada por especialistas já se pensando na formação de um adulto.
Como lidar? Podemos substituir esse termo por algumas perguntas, como: de que forma isso aconteceu? Quem estava com você? Depois de apurados os fatos, é hora da orientação, com delicadeza e rigor, explicando a importância de contar a verdade. Nosso exemplo de falar o que é verídico é imprescindível neste momento.
Sabemos que é muito mais seguro para o futuro da criança tê-la por perto, confiando. Ela vai querer mentir para se livrar do castigo, mas também precisa entender que todas as decisões têm consequências, sejam boas ou ruins.
Trabalhar a autoestima ajuda diante das dificuldades de aceitação. Tanto elogios quanto críticas em superdoses fazem mal na mesma proporção.
O importante é conhecer a criança antes de defendê-la em toda a situação.