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quinta-feira, 28 março 2024

A Eleição

A Eleição


Por João Carlos Marins

“Pede-me, e eu te darei as nações por herança e as extremidades da terra por tua possessão” (Salmos 2.8). Há uma relutância em mim por não olhar as questões da sustentabilidade apenas sob o foco do uso dos recursos naturais. Com todo o respeito à maioria dos pensadores sobre o tema, acredito que o ponto focal, o principal pilar da sustentabilidade, é o social, é o homem, pois é a parte que pode, deliberadamente, criar, manter ou romper quaisquer leis acerca de qualquer coisa. Foi Deus quem deu ao homem esse poder, desde o Jardim do Éden [Gn 1.28, 2.15 etc]. Aliás, nos atuais debates pró-eleições 2014 temos observado o quanto temas relacionados ao meio ambiente, ao comportamento ético, dentre outros, têm se sobreposto a pautas tradicionais. A sociedade está mudando seu olhar, a Igreja está mudando seu olhar. Mas trata-se de um resgate de posicionamento. O pensamento de Deus era o de que nações não fossem propriamente dirigidas apenas por reis, mas que houvesse uma participação efetiva de sacerdotes e profetas com um legado profético para influenciar e aprimorar a maneira de se governar.

O modelo de Deus era o do governo terreno, horizontal, ligado verticalmente ao governo divino. Foi assim com Moisés e com Davi. Este, em substituição a um rei Saul que desprezou a voz profética daqueles que foram levantados para manter a nação em ordem, governou na dependência daquele que tem todo o universo sob Seu comando. Assim, não desprezou a voz dos confrontos, o cuidado dos sacerdotes nem a justiça de Deus. Foi chamado de “homem segundo o coração de Deus”[I Sm 13.14]. Foi por estar sensível à voz de Deus que José estabeleceu um novo padrão de economia e de vida para o Egito; que Daniel impactou o governo de reis babilônicos; que Jonas trouxe paz à cidade de Nínive; e que Paulo influenciou o que chamamos hoje de Europa, dentre outros exemplos. Portanto, a sustentabilidade de uma região, seja ela uma cidade, um estado ou uma nação, não depende da beleza ou da retórica daqueles que buscam exercer seu governo. Muitos são dissimulados, defendem muitos interesses, pessoais e de outros; tantos não representam o desejo nem de Deus nem da própria sociedade (são a outros que representam); alguns defendem ideais contrários àquilo que as Sagradas Escrituras têm ensinado aos homens desde sempre. Poderíamos eu e você listar uma série de outros interesses esquisitos. Precisamos de homens e mulheres que tenham um coração parecido com o de Deus, como Davi. Quando lemos a oração conhecida como “Pai Nosso”, dizemos “venha o Teu Reino” e entendemos que este Reino precisa ser estabelecido aqui. É a Igreja, e não a religião, que traz o Reino de Deus na terra em que foi plantada. Esta é uma hora propícia que pode responder à grande indignação de junho de 2013 e, pelo voto, levar as pessoas certas a uma posição que nos represente, que espelhe uma ética distinta dos atos corruptos tão presentes no modo atual de fazer política, e isso para não citar tantas outras questões que têm causado tanta insegurança, mal-estar e desânimo a todos os brasileiros.

Desejamos um espaço geográfico que seja nosso, conforme Salmos 2, e que não dependa de novos paradigmas, mas dos paradigmas eternos. Precisamos levantar a voz profética e declarar, pelo voto, que queremos pessoas que respondam ao clamor social, que governem com a mente de Deus e que sejam paladinas da justiça e da equidade.

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Venha o Teu Reino!

João Carlos Marins é pastor e especialista no tema responsabilidade social

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