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sexta-feira, 19 abril 2024

A caminhada de Jesus

Ainda me impressiona o fôlego missionário de Jesus. A despeito de todas as dificuldades inerentes à sua época, o Mestre estava sempre indo, vindo e ao mesmo tempo estando com as pessoas. Penso que uma das melhores definições das ações de Cristo é ter como foco gente. A construção do Cristianismo partiu sempre de um relacionamento entre Deus e as pessoas. Nesta ordem.
Mateus, um dos doze, havia sido coletor de impostos. Esta era uma categoria que alcançava bons resultados financeiros, mas acumulava ódio e desprezo dos conterrâneos. A questão é que eles coletavam para o Império Romano e, em alguns casos, cobravam a mais e compartilhavam com uma rede de pessoas, desde o maioral dos publicanos até o menor na hierarquia. Bom, quanto a Mateus, Jesus viu além. Enquanto muitos viam o coletor de impostos, o Senhor viu o discípulo e fez dele um importante seguidor.
A caminhada de Jesus apresentou três ênfases especiais: ensinar, pregar e curar. Em Mateus 9.35 lemos: “E percorria Jesus todas as cidades e povoados, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades”.
O ensino era, obviamente, muito mais que na sinagoga. Jesus utilizou o que os educadores chamam de “currículo oculto”, onde os ensinamentos são assimilados na rotina diária, nas horas livres, em situações habituais e também nos momentos formais. Cristo ensinou com a sua vida. A sua forma de ensinar chamou a atenção da comunidade e muitos foram surpreendidos pela sua didática criativa e envolvente.
Outro destaque do texto bíblico é que Ele estava “pregando o evangelho do reino”. O tempo verbal indica ação contínua. Jesus não saía para pregar, mas vivia pregando. Assim como ensinar, pregar era parte de sua prática cotidiana. O anúncio do evangelho era a “boa nova” recebida com alegria e júbilo. A verdade pregada produzia libertação. Pessoas cansadas e sobrecarregadas achavam o lugar de descanso.
Um terceiro enfoque de Cristo é que ele estava “curando toda sorte de doenças e enfermidades”. A solidariedade e compaixão de Jesus são atestadas no seu olhar misericordioso para os que sofriam. Em alguns casos, Ele foi procurado pelos enfermos, como é o caso da “mulher hemorrágica”. Em outras ocasiões, Jesus foi às pessoas, como o “paralítico no tanque de Betesda”. Todas as curas renderam glorificação do nome de Deus e em vários momentos podemos verificar que houve também a cura da alma e a salvação.
Destaco, finalmente, que “percorria Jesus todas as cidades e povoados”. Muitos outros precisavam ouvi-Lo e conhecê-Lo. A Sua Palavra era preciosa demais para ficar restrita a um grupo pequeno. Milhares naquela época e bilhões ao longo dos anos necessitavam receber a mensagem mais revolucionária de todos os tempos. Porque precisava ensinar, pregar e curar é que Cristo caminhou tanto. Há um registro em Marcos 1.38 que sintetiza esta perspectiva missionária de Jesus: “Vamos a outros lugares, às povoações vizinhas, a fim de que eu pregue também ali, pois para isso é que eu vim”.
Com a caminhada de Jesus temos muito a aprender. Há muito a ser feito, apesar de tudo que já fizemos. A obra de Cristo não é individual, mas coletiva. Todo mundo pode fazer e ainda muitos outros alcançaremos. É tempo de compartilharmos o evangelho com nossos familiares, amigos e vizinhos. É hora de irmos além de nossos limites. Vamos percorrer outros bairros e cidades para ensinarmos, pregarmos e curarmos, assim como o Mestre fez em sua caminhada.

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