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quinta-feira, 25 abril 2024

“Uma Bíblia das mulheres” criada por Teólogas

Teólogas protestantes e católicas revisaram textos bíblicos um século após primeira ‘Bíblia da Mulher’

Um grupo de 20 mulheres, Teólogas e historiadoras, entusiastas do feminismo fizeram uma releitura das Escrituras no livro “Uma Bíblia das Mulheres”. O argumento delas é que estavam cansadas de ver como os textos sagrados são usados para justificar a submissão da mulher.

Fazem parte do grupo catedráticas protestantes e católicas. Segundo elas, as mulheres apresentadas nas traduções e interpretações da Bíblia são subservientes, prostitutas, ou santas.

Enquanto o movimento #MeToo continua expondo abusos sexuais em todas as culturas e indústrias, e muitas feministas pedem para que se deixe a religião de lado, o grupo de teólogas insiste em que, se forem interpretadas adequadamente, as Escrituras podem ser uma ferramenta para promover a emancipação da mulher.

“Os valores feministas e ler a Bíblia não são incompatíveis”, insiste Lauriane Savoy, 33, uma das duas catedráticas por trás de “Uma Bíblia das Mulheres”. O livro foi lançado em outubro passado.

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A ideia surgiu quando Lauriane e sua colega Elisabeth Parmentier, 57, se deram conta do pouco que as pessoas conhecem, ou entendem, dos textos bíblicos. “Muita gente pensava que os textos estão totalmente defasados, que não têm relevância nos atuais valores de igualdade”, diz a professora à AFP, sob as esculturas de Calvino e de outros fundadores do Protestantismo no campus da Universidade de Genebra.

As duas teólogas se uniram a outras 18 mulheres de vários países e correntes do Cristianismo e criaram uma coletânea de textos que põe em xeque as tradicionais interpretações da Bíblia que apresentam as mulheres como frágeis e subordinadas aos homens.

Exemplos bíblicos

Parmentier cita como exemplo uma passagem do Evangelho de Lucas, na qual Jesus visita duas irmãs, Marta e Maria.

“Diz que Marta garanta o ‘serviço’, o que foi interpretado como que ela sirva a comida, mas a palavra grega ‘diakonia’ também tem outros significados. Poderia significar que fosse uma diaconisa”, explica.

Elas não são as primeiras a oferecer uma visão das Escrituras mais favorável às mulheres. Em 1898 um comitê de 26 mulheres redigiu “A Bíblia da Mulher”, que buscava acabar com a ortodoxia religiosa de que as mulheres deveriam ser servis aos homens.

Elas consideraram o material defasado e decidiram criar uma nova obra, em consonância com os novos tempos. “Queríamos trabalhar de forma ecumênica”, explica Parmentier, uma das integrantes do comitê.

*Com informações de El País


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